Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro cita 9 dos 40 indiciados pela PF, mas não há provas suficientes para todos
A Polícia Federal (PF) enfrenta desafios significativos na indicação de suspeitos envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, conforme revelado pela delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Cid citou 9 das 40 pessoas indiciadas pela PF, incluindo nomes como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o major Angelo Denicoli, entre outros.
A delação premiada de Cid foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro de 2023, e desde então, Cid prestou mais de dez depoimentos à PF.
De acordo com Cid, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), três grupos gravitavam em torno de Bolsonaro: os 'conservadores', os 'moderados' e os 'radicais'.
Os 'conservadores' visavam transformar Bolsonaro em um 'grande líder da oposição', enquanto os 'moderados' concordavam com as injustiças do Brasil mas não eram a favor de uma intervenção radical.
Os 'radicais', por outro lado, eram mais extremistas e incluíam nomes como o senador Luiz Carlos Heinze e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
No entanto, a PF enfrenta desafios em indiciar todos os citados por Cid, pois nem todos os nomes mencionados foram encontrados com provas suficientes para serem indiciados.
Alguns dos indiciados, como o general Estevam Theophilo, foram citados posteriormente e indiciados pela PF, mas outros negam participação em qualquer tentativa de golpe.
A defesa de alguns dos indiciados, como Filipe Martins e Jorge Seif, afirmou que as acusações são baseadas em ilações e narrativas fantasiosas, sem provas concretas.
A PF continua a investigar e a coletar provas para determinar a responsabilidade de cada um dos suspeitos mencionados na delação premiada de Cid.
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