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PF: Delação de Cid Não Indica Todos os Citados em Golpe

  • Foto do escritor: fgscaglioni
    fgscaglioni
  • 28 de jan.
  • 2 min de leitura
Investigação da PF Revela Diferenças entre Indiciados e Citados

A Polícia Federal (PF) divulgou recentemente a lista de indiciados no inquérito que apura o golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No entanto, a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, citou apenas 9 dos 40 indiciados pela PF.

Conforme o relatório da delação premiada, Cid apontou 20 nomes que estariam envolvidos na trama golpista, mas nem todos foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Isso sugere que a investigação da PF identificou apenas uma parcela dos envolvidos citados por Cid.

Entre os citados por Cid, mas não indiciados, estão generais como Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. A defesa de alguns dos citados negou qualquer envolvimento nos planos golpistas, afirmando que as acusações são baseadas em ilações e narrativas fantasiosas sem provas concretas.

O general Estevam Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, foi citado posteriormente e indiciado pela PF. A delação premiada de Cid foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF em setembro de 2023, o que impulsionou o inquérito do golpe, mas foi complementado nos meses seguintes com avanços sobre a participação do general Braga Netto.

Cid foi questionado por não ter comentado sobre o plano do general Mario Fernandes de matar Lula, Geraldo Alckmin e Moraes no fim de 2022. O acordo foi mantido pelo ministro. Além disso, a PF apontou que Braga Netto entrou em contato com o pai de Cid, o general Mauro Lourena Cid, para conseguir informações sigilosas da delação premiada. Ele está preso desde 14 de dezembro por obstrução de Justiça.

A defesa do general negou que ele tenha obstruído as investigações e afirmou que isso será provado. Outros indiciados também negam participação em qualquer tentativa de golpe. A defesa de Theophilo afirma que o militar não recebeu nenhuma minuta golpista no período em que comandou o Comando de Operações Terrestres e que os erros do relatório final da PF serão comprovados.

O advogado Celso Vilardi, que defende Bolsonaro, disse em entrevista à Folha que está 'convicto de que não há qualquer tipo de participação do presidente Bolsonaro em relação a esses fatos'. A defesa de Filipe Martins afirmou que o indiciamento foi 'fabricado inteiramente com base em ilações e narrativas fantasiosas —jamais em fatos e evidências concretas'.

A lista de indiciados inclui 37 nomes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo. A defesa de alguns indiciados já se posicionou, negando qualquer envolvimento nos planos golpistas. A PF divulgou a lista com autorização do STF para evitar a divulgação de informações incorretas acerca da investigação.

A investigação continua em andamento, com a PF e o Ministério Público Federal trabalhando para esclarecer os fatos. A inocência de alguns dos indiciados foi reafirmada pelas suas defesas, que confiam na análise que será realizada pelo Ministério Público Federal.

A situação reflete a complexidade das investigações em golpes políticos, onde a delação premiada pode não ser suficiente para incriminar todos os citados. A PF e o STF continuarão a trabalhar para esclarecer os fatos e garantir a justiça.

 
 
 

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