Jacqueline Moreira Negou Envolvimento no Assassinato, Mas Investigação Aponta à Sua Involvimento
Uma modelo de 28 anos, Jacqueline Moreira, foi presa em São Paulo por sua ligação com o tráfico de drogas e suspeita de conexão com a morte do delator do PCC, Vinícius Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro passado.
De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, Jacqueline Moreira é moradora de Itaquera e é apontada pela investigação como a namorada de Kauê do Amaral Coelho, um 'olheiro' que avisou atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto. Kauê continua foragido e é suspeito de ter indicado a localização da vítima para os executores.
A investigação apontou que Jacqueline Moreira esteve em contato com Kauê nos dias antes do crime e que os dois foram para um motel após o assassinato. Ela negou ser namorada de Kauê, afirmando que foi apenas um encontro casual, mas a delegada afirmou que há provas de declarações de amor entre os dois.
Além disso, a investigação presenciou uma entrega de drogas feita por Jacqueline Moreira, o que a envolve no tráfico de drogas. A prisão temporária foi ordenada por tráfico de drogas, tanto para ela quanto para Kauê e um terceiro indivíduo que ainda não foi localizado.
O assassinato de Gritzbach foi um caso complexo e violento, envolvendo também policiais militares suspeitos de envolvimento no crime. A Corregedoria da Polícia Militar prendeu 15 policiais militares, incluindo o PM Denis Antonio Martins, apontado como o autor dos disparos que mataram Gritzbach.
A força-tarefa da Polícia Civil continua em diligências para localizar e prender todos os envolvidos no crime. A delegada Ivalda Aleixo mencionou que a execução pode ter sido motivada pelo acordo de delação premiada de Gritzbach com o Ministério Público e que a investigação não descarta a possibilidade de outros policiais estarem envolvidos.
Jacqueline Moreira, além de modelo, é bacharel em direito e tem mais de 11 mil seguidores nas redes sociais. Ela compartilhou sua formatura em 2021 no Instagram, expressando orgulho pela vitória acadêmica. No entanto, o conhecimento não impediu seu suposto envolvimento com o crime.
A polícia apreendeu o celular da vítima, que foi entregue por Kauê a Jacqueline Moreira, e está tentando recuperar as informações. Em depoimento à polícia, Jacqueline negou estar envolvida no assassinato, mas a investigação aponta à sua participação ativa no tráfico de drogas e na conexão com o crime organizado.
A prisão de Jacqueline Moreira e a continuação das investigações revelam a conexão do PCC com agentes de segurança pública do estado, mostrando que a organização criminosa encomendou a execução do empresário e que líderes da facção também estavam envolvidos.
A operação Prodotes, realizada pela Corregedoria da Polícia Militar, foi celebrada pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, mas destacou a necessidade de punições severas para os envolvidos.
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