Modelo Presa por Ligação com Tráfico e Suspeita de Conexão com Morte de Delator do PCC
- fgscaglioni
- 20 de jan.
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Jacqueline Moreira Negou Envolvimento, Mas Investigação Aponta à Sua Involução
Uma modelo de 28 anos, Jacqueline Moreira, foi presa temporariamente por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e conexão com a morte do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro passado.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Jacqueline é moradora de Itaquera e é apontada como a namorada de Kauê do Amaral Coelho, um 'olheiro' que avisou atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto. Kauê segue foragido.
A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que policiais estavam investigando quem estava próximo de Kauê nos dias antes do crime e chegaram a Jacqueline Moreira. Ela negou ser namorada de Kauê, afirmando que foi apenas um encontro casual.
No entanto, a investigação aponta que Kauê foi para a casa de Jacqueline e, em seguida, ambos foram para um motel. Além disso, ela recebeu o celular de Kauê no dia seguinte ao crime, o que dificultou as investigações. Jacqueline também fez declarações de amor a Kauê, o que contradiz sua versão de um encontro casual.
A delegada Ivalda Aleixo destacou que Jacqueline está envolvida com o tráfico de drogas e que a investigação presenciou uma entrega de drogas feita por ela. A prisão temporária foi expedida por tráfico de drogas, tanto para Jacqueline quanto para Kauê e um terceiro indivíduo não localizado.
O assassinato de Gritzbach foi um evento chocante, pois ele era um delator do PCC e havia firmado um acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo. Isso o tornou um alvo para a facção criminosa, que o havia declarado jurado de morte.
Além da prisão de Jacqueline, a Corregedoria da Polícia Militar prendeu 15 policiais suspeitos de envolvimento no crime. Um dos presos, o PM Denis Antonio Martins, é apontado como o atirador que matou Gritzbach. Outros 14 policiais foram presos por prestarem serviço de segurança ilegal ao delator.
A operação Prodotes, realizada pela Corregedoria, revelou a conexão do PCC com agentes de segurança pública do estado. O governador Tarcísio defendeu punições severas para os envolvidos e destacou a destreza do atirador como indício de ser um policial.
A investigação usou várias ferramentas de inteligência, incluindo a quebra do sigilo telefônico e o uso de antenas de celular, para identificar os envolvidos. Com isso, foi possível saber que o acusado estava no aeroporto no dia da execução e que uma série de fatores o colocaram na cena do crime.
A prisão de Jacqueline Moreira e dos policiais suspeitos é um passo importante na investigação da morte de Vinícius Gritzbach. A força-tarefa continua em diligências para localizar e prender todos os envolvidos no crime.
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