Jaqueline Moreira Negou Envolvimento com Assassinato, Mas Investigação Aponta Contradições
Uma modelo de 28 anos foi presa em São Paulo por sua ligação com o tráfico de drogas e suspeita de conexão com a morte do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro passado.
Jaqueline Moreira, moradora de Itaquera, foi detida durante uma operação da Polícia Civil que prendeu suspeitos de envolvimento com o crime. Ela negou envolvimento com Kauê do Amaral Coelho, apontado como o olheiro que avisou atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e que segue foragido.
Conforme a delegada Ivalda Aleixo, policiais estavam investigando quem estava próximo de Kauê nos dias antes do crime e chegaram a Jaqueline Moreira, apontada como uma das namoradas dele. Ela disse que o encontro foi casual, mas a investigação aponta que os dois foram para um motel após o assassinato.
A delegada destacou que vídeos de declarações de amor feitas por Jaqueline para Kauê contradizem sua versão de um encontro casual. Além disso, a investigação presenciou uma entrega de drogas feita por ela, o que a envolve no tráfico de drogas.
Jaqueline foi presa temporariamente por tráfico de drogas e favorecimento pessoal. O celular de Kauê, que foi entregue a ela após o crime, foi apreendido pela polícia e será submetido a uma análise técnica para recuperar as informações que estavam contidas no dispositivo.
Kauê está foragido e a polícia está à procura de outros suspeitos, incluindo Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi, e um quarto indivíduo cujo nome não foi revelado. A delegada Ivalda Aleixo investiga a possibilidade de que a execução de Gritzbach tenha sido motivada por seu acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Além de Jaqueline, outros dois indivíduos, Matheus Soares Brito e Matheus Augusto de Castro Mota, também foram presos por sua colaboração com Kauê. A polícia ainda está buscando esclarecer todos os detalhes que cercam esse caso complexo e violento.
A investigação da Corregedoria da Polícia Militar começou após a chegada de uma denúncia anônima sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. Informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva.
Um dos presos, o PM da ativa Denis Antonio Martins, é apontado como a pessoa que fez os disparos contra Gritzbach. Além de Denis Antonio Martins, outros 14 presos eram do núcleo de segurança pessoal do delator e faziam a escolta privada dele.
A postura do atirador flagrada por imagens de câmeras de segurança já trazia a suspeita a pessoas ligadas a investigação e até especialistas de que poderia ser um PM. A habilidade de manuseio do fuzil e a ação com o carro em movimento indicavam treinamento e prática militares.
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