China Intensifica Apoio ao Mercado de Ações, Trump e Ibovespa em Foco

Medidas chinesas estimulam investimentos, enquanto Trump discursa em Davos

A China anunciou medidas para intensificar o apoio ao mercado de ações, incentivando seguradoras a investir 30% dos prêmios anuais em ações negociadas em yuans. Esse movimento visa direcionar pelo menos 100 bilhões de yuans (US$ 13,75 bilhões) de fundos de seguros para ações em um programa piloto no primeiro semestre de 2025.

O órgão regulador de valores da China, em conjunto com o Ministério das Finanças, está trabalhando para estimular a canalização de capital para papéis de companhias locais. A metade do valor do programa piloto deve ser aprovado antes do recesso do Ano-Novo Lunar, entre os dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro.

Essas medidas impulsionaram o mercado acionário na manhã desta quinta-feira, com o Índice Composto de Xangai subindo 1,2%, e os papéis da China Pacific Insurance avançando 3,6%[1].

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a discursar em Davos, no Fórum Econômico Mundial. O discurso virtual às 13h (horário de Brasília) traz todas as atenções dos mercados globais, que buscam pistas sobre as medidas tarifárias que Trump irá implementar[5].

Trump tem adotado uma postura mais estratégica, mas já indicou posições firmes contra países como México, Canadá e Rússia. Recentemente, afirmou que 'tem que acabar logo com essa guerra ridícula [com a Ucrânia] ou sofrerá sanções e tarifas dos EUA.'

Em relação à China, Trump foi mais brando do que o mercado esperava. Embora não seja oficial, a autoridade mencionou a possibilidade de implementar uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses, possivelmente a partir de 1º de fevereiro — data que coincide com o prazo para tarifas direcionadas ao México e ao Canadá.

O Ibovespa abriu a sessão desta quinta-feira em alta, de olho na participação de Trump no Fórum de Davos. O discurso é esperado para trazer mais pistas sobre as medidas tarifárias que o republicano irá implementar[5].

A incerteza sobre as políticas comerciais dos EUA continua a afetar os mercados globais. Mark Haefele, diretor de investimentos da UBS Global Wealth Management, destacou que 'continuamos a esperar volatilidade no curto prazo à medida que os mercados reagem às ações de Trump, e vemos impactos negativos em regiões que são alvo caso o governo leve adiante as tarifas propostas'[3].

No entanto, também há expectativas de que as ações dos EUA tenham espaço para continuar subindo à medida que o impulso de crescimento continua. O cenário político e econômico é complexo e está em constante evolução, influenciando os mercados financeiros em todo o mundo.

Em resumo, a China está intensificando seu apoio ao mercado de ações com medidas significativas, enquanto Trump prepara-se para discursar em Davos, trazendo incertezas adicionais sobre as políticas comerciais globais.